Categoria: Natureza

A Vaqueta: árvore sentinela da Caatinga

Uma árvore de vaqueta sendo servida como mourão de cerca – Foto: Oclides/Jornal Folha de Condeúba

A Vaqueta é uma árvore nativa da Caatinga, muito encontrada nas capoeiras e nos carrascos do sertão baiano. Sua relação com o gado é ambígua: serve de alimento, mas também pode ser prejudicial. Quando atinge a fase adulta, a planta desenvolve um sumo tóxico, de propriedades venenosas, que pode envenenar e até matar o rebanho que dela se alimenta em excesso.

Além de seu papel na alimentação animal, a Vaqueta desempenha uma função quase simbólica no calendário sertanejo. É a primeira árvore a amarelar suas folhas e deixá-las cair já no início de abril, compondo uma paisagem melancólica que sinaliza para o sertanejo o começo da longa seca na Caatinga.

Por outro lado, é também a Vaqueta a primeira a anunciar o retorno das chuvas. Em agosto, com as chamadas “chuvas dos brotos”, ela é uma das primeiras espécies a rebrotar, vestindo-se de verde e colorindo novamente o sertão. Assim, torna-se um indicativo visual de que o período chuvoso se aproxima, enchendo de esperança os que dependem da generosidade da natureza.

A vaqueta também tem uma outra grande utilidade, depois de seca é muito usado pelos moradores da zona rural, como lenha para ser utilizada nos fogões a lenha ou fornos de de farinha, rapadura, alambique entre outros.

A vaqueta, também possui outras grandes utilidade, bastante apreciada pelos moradores principalmente da zona rural.

Quando ela está na linha de uma cerca, os proprietários fazem uso delas como poste ou mourão para esticar arame, depois de seca, sua madeira é amplamente utilizada como lenha, servindo como importante fonte de combustível nos fogões a lenha das residências, nos fornos de fabricação de farinha, para assar biscoitos e outros, na produção artesanal de rapadura e ainda nos alambiques de cachaça, entre outros usos tradicionais.

Dessa forma, além de seu papel ecológico no bioma da Caatinga, a vaqueta ainda contribui diretamente para o sustento e o cotidiano das famílias que vivem no campo.